Sunday 27 December 2009

What I saw

nenhuma sensação é suficientemente suja, capaz de sucumbir ao limite da linha tenuê que escapa dos olhos de quem vê, de quem vê um pouco além da película humana. mas não tem o mínimo sentido você não aceitar uma condição, a sua condição, e passar por cima dela para sofrer uma mutação quase forçada por uma visão mais relativa, mais ampla. por isso temos dois olhos. são visões diferentes. um dos meus olhos consegue ver o absurdo como mais uma forma de lidar com a realidade, a sociedade é uma completa farsa que precisa se adaptar aos modelos novos de seres humanos que foram criados por ela mesma. e não é o que se vê. a sociedade está estacionada em certos pontos e isso nem chega a pesar no meu olho esquerdo, nem chega nele, na verdade. porque no esquerdo, sou humana o suficiente para fazer parte de uma sociedade, com toda a hierarquia e falta de INconsciência. chorar por um adeus, rir de uma falta de senso e eu vi, eu vi por trás, nem lembro as cores, nem se tinham cores, e estava cada vez mais rápido, era como um trago, o primeiro trago, eu não podia nem respirar direito. mas eu vi, quando fechei os dois olhos, vi o que ninguém deveria testar, a resposta para o começo e iria para o inferno se visse o começo de novo, as lacunas. e estar presente em todos os eventos humanos mais humanos possíveis, fazer parte... fazer parte é... é conseguir sair da condição de vítima, para ser mais um. espero que não dê para fazer parte pela metade. metade não é o suficiente, e o meu olho direito não vai querer cegar o esquerdo só para ele não ver de outra forma. vai se fechar ao pouco que ele pode se tornar. não pisque

Sunday 13 December 2009

Never here

a confusão é tão intrigante, te consome tanto, que as vezes é impossível modificar o estado de inércia. e quando a confusão está em um espaço reduzido e você quer sentir os extremos se partindo... não tem braço suficiente para tentar quebrar, não é? é, não tenho. o que tenho são olhos fundos, embora eles tenham sempre sido fundos. de ser paciente. de não ser só um. não são monólogos, não conto com o físico. seria como morrer com as palavras trocadas, absurdas... não seria. não existe 'morreu de algodão', assim como não poderia existir um monólogo com três personagens. os seus três personagens que tem que discordar até no tempo para existir, por não conseguirem manter uma relação com as verdades. e até existiria... tem papel suficiente para escrever, mas não tem, não tem, não tem... não tem nada além da confusão. só um pedaço esquecido, latente, que sem ousar sair, ou pedir para ser real, vaga de um extremo para o outro, de um músculo para o outro, sendo levado para qualquer outro espaço vazio. quase vazio. quase vazia...

Friday 20 November 2009

Enquanto engomo as calças

engraçado, aquela música antiga (cavalo ferro), na beira da praia, na calçada quente. quando eu costumava tentar algum tipo de ocupação útil, como fazer sopa de grama para as borboletas, ou não ralar o joelho, roubar tomate da cozinha para comer escondido - e descobrir que o gosto é realmente horrível. também lembra o meu primeiro - e único - bichinho de estimação: um pintinho, ou melhor, pintinha. ela era bem preta e aniversariava no mesmo dia que minha mãe. não de verdade, claro. mas ela precisava comemorar algum dia. antes de ela 'fugir com um galo e todos os pintinhos filhos morrerem de tristeza e desamparo', ela dormia na minha barriga, a levava para passear em um carrinho de bonecas até uma porta atrás da casa, azul, de ferro. mas quando eu a adotei, ela nem pena tinha, era uma bebê franga. e ao separar-se dos irmãos bebês frangos, ela ficou só, sem ninguém pra conversar. então tive que aprender a falar com ela. pra quando ela tivesse medo de dormir só no escuro, eu cantar alguma coisa que ela entendesse. e assim foi. eu a acalmava cantando feito passarinho. e até hoje, quando tenho medo, canto que nem passarinho pra ver se a apreensão vai embora. por que cantar, parece com não morrer

Saturday 24 October 2009

Bad cover version

é uma perca de tempo, não atenda o telefone, não grite o caos, não desvie da sombra, não corra da morte, não caia no meio, não tente ser uma rocha, não permaneça. e agora? qual a minha pena? já me arrancaram tantas... então me diga. pra que ser um estranho agora? alguns pontos vazios trocam de lugar a medida que os lados se destroem e também trocam de lugar. é como fugir da sua sombra, não adianta. está impregnado na sua pele, na sua retina, nos nervos. então não cante aquele antigo romance, não solte as algemas do seu pânico. em algum lugar do meu espaço, ainda dói quando penso em você. ainda dói quando sei que pensa, que você pensa. é só uma ferida, uma cicatriz. não sei como gostar desse jeito. sabe aquele sentimento que você não sabe o que fazer com ele? não, né? mas imagine. cada vez que acendo um cigarro, imagino como teria sido doce, como poderia ter sido doce. é como os personagens mudos, mas se eles pudessem falar, como se fosse a turnê daquela velha bandinha de garagem que tinha vergonha de compor letras. que irônico pensar que as voltas dadas param no início. e quando você nunca pensou em ir para o início? fico só com o gosto do doce, das vertentes, melhor dizendo, do doce, que provo quando fecho os olhos para sair da realidade. é uma perca de tempo... mas perca de tempo pra que? qual incerteza que o espelho vai cobrir com a perda? então atenda o telefone se você quiser, grite ao caos até ele chegar e te possuir, ande na parte iluminada da sua visão, para não se perder de propósito, sinta-se invencível pra qualquer idiota que pense que poderá te destruir com seus diálogos meta-qualquer-coisa. acredite na verdade que foi dita, e a faça suficiente, o que não foi dito, não foi necessário, não foi. me sabote, querido jack, me sabote. me prenda nas suas malditas asas e me leve para o seu cárcere. aqui me desconstroem, jack, me deixam na margem, pra pisar até me auto sabotar, até eu precisar pular para não cair. eu quero cair apesar de eticéteras, apesar de qualquer mal entendido, de qualquer suborno para a dúvida


Sunday 18 October 2009

Paranoid android

o pior de ser humano, é fazer parte. é saber que não sou vítima, mas participante. é saber que não importa o quanto oblíqua sua visão possa ser - mas que irônico - você continua sendo mais um, continua sentindo essas pontadas de ânsia e a vontade de soar mais calmo é só uma sombra, você não vai ficar mais calmo, a tendência é piorar com o tempo, com o espaço, já que o maior medo humano é ser o espelho, é enxergar o reflexo... e o ver no outro, pela esquerda, pela direita, saindo por todos os lados, tirando o seu ar, querendo a sua pele, deixando tudo turvo, tudo pendendo para algum lugar... te deixando paranóico, pensando o inverso, o avesso, o incerto, o mal contato, o não-se-pode, o que cabe e o que é só vertigem, o amor que te falta, a rotina que vomita, o grito que não passa do fechar de olhos, o quebrar da sua mente, indo e vindo, procurando a resposta que não condiz ou que não ... não se acha, não se procura, não se aqueta, nem se move, nem é só uma, nem duas, nem mais nem menos, é tudo o que você quiser, tudo é tanta coisa, mas o que mais esperar? nem tanto nem pouco para nós, nem suficiente, nem aquela velha história que lhe contaram sobre ... esqueci.
ah, me pega pela mão, me leva pra dançar e enquanto você me embala, me deixa sair daqui, me deixa quebrar o vidro e sair voando. voando até esquecer o que me faz lembrar de não ter que existir perto ou longe, estou esperando faz tanto tempo, nem faz tanto tempo assim, mas aqui tudo parece uma eternidade, nesse escuro quarto no meio dos gritos indizíveis e das palavras que nem ousei procurar. só me leva pra dançar, eu nem sei dançar



Saturday 17 October 2009

Ignorance

quando passas a meu lado,
e que olhas para mim,
tornas-te da cor da rosa,
e eu da cor do jasmim.

vê tu que expressões diferentes
da nossa mesma ansiedade:
a cor da rosa é despeito,
a palidez é saudade


Florbela Espanca


Tuesday 13 October 2009

p.s.: ,

to.

long ago i read something about a beautiful sunday... whilst was a saturday. you see, what they call madness, i call truth. and maybe the reason for my lines today its not the same for yours, in that sunday. i guess it was just a ... i hope not. its incredibly charming, like mistakes or incomplete answers
, the unspoken truths, the subtended intentions, a different air to breathe with different colours too [...] i only fall for words and today, its not saturday and its not a special day, i'm just blue and nothing could take this away but, with no apparent reason, i fell for your words and i'm pretty sure you understood.



Tuesday 6 October 2009

Forent

one more solo and i'll kiss you again, one more word and i'll see your eyes open while i'm sleeping, one more breathe and you'll know how long i passed to feel it once again. how does it feel? if i could touch you one more time.. i'm in the other side now, fucking alone, this time its me, ti. i've already lost myself in a crazy woman's red lips and then you, again you, gimme your watch that i want to know how long does it take... to forget you...again



Saturday 3 October 2009

Lounge act

i'll arrest myself now... you see, there is a kind of feeling, a kind of love, that no matter how close you are, its never fair. but i dont regret a thing and i promess never going to the other side without you. i still do, almost madness








Thursday 17 September 2009

Stormy blues

... mais um fio que desenrola pelas batidas incontidas de um dia preciso. as luzes acesas por uma chama apagada, as vozes repetem aquele aviso de mantenha distância, a cabeça gira lentamente para o lado oposto como se fosse retornar a mesma visão que destruiu a parede de concreto ligeiramente furada pelos passos fundos e antes de continuar, tente ler o que eu falo. mergulhe para achar a minha fé perdida, antes de ter a certeza que eu não estou ali, procure o que te fez buscar e caia. cair olhando para baixo, esperando que alguém aperte o botão de stop ou abra os olhos para você voltar a superfície. então a queda continua e tem algo que lhe liga ao chão, sim? as formas se confundem agora e suas preces se desesperam para serem ouvidas, o pulso fraco de não acreditar, as mãos soltas como se fossem agarrar a primeira coisa concreta que visse, a respiração quase faltando, os sentidos vão e voltam, as lembraças, os cuidados, as batidas novamente, aquele tic tac interminável, o olhar desfocado, o sorriso sem motivo, as idas, as voltas, as cores, os nomes, os gostos, o gosto de não existir por mais de uma vez. e você roda em sua direção, cada vez mais rápido, cada vez mais fálido, pense mais um pouco, a superfície não chegou, grite, alguém como você vai escutar, do outro lado, grite, as luzes não se perderam ainda, mais alto, está cada vez mais incompreensível, naquela noite, quase dormindo, você se fez notar, encolha os braços, volte a respirar, abra a porta, o outro lado... a outros olhos, alguém como você, para sentir esse fogo mais uma vez




Monday 7 September 2009

Seven

"A gente se apertou um contra o outro. A gente queria ficar apertado assim porque nos completávamos desse jeito, o corpo de um sendo a metade perdida do corpo do outro." - Caio F


Seven

jigsaw falling into place
there is nothing to explain
regard each other as you pass
she looks back, you look back
not just once, not just twice


Sunday 30 August 2009

Killer is me

beijando os meus descontroles emocionais e tentando abrir algo que, por não estar fechado, se decompõe ao passar dos minutos, das horas, do tempo que não finda. dos anos que passam e descobre-se os mesmos medos, as mesmas aspirações. e nem sempre é possível seguir no mesmo caminho, embora se queira, às vezes quando dois extremos se cruzam, não precisam de armas apontadas, a morte é consequência. e enlouquecem por não conseguirem achar o tempo para as coisas serem. e superar a loucura real de uma fantasia é suicidio também. não perco mais sono procurando perguntas para as respostas e nem mentira em uma verdade. acreditar é subjetivo e calar é internizar algo que falta, ou algo que sobra na sombra de uma dúvida. ao fechar os olhos, tente ver o que há por trás da falta de uma arma apontada e como seria se o assassino também fosse você.


Friday 21 August 2009

s.o.s

estou velha
estou louca
abatida
e quase lá.

... já tá tarde!
um pouco mais longe do que perto, um pouco mais perto do que nunca, um pouco menos nunca do que agora, um pouco mais agora do que ontem, um pouco mais ontem do que um dia qualquer, um pouco mais dia do que nada, um pouco mais nada do que certo, um pouco mais certo do que acordar, um pouco mais. acordei, já tá tarde, já tô indo, não agora. não espere, estou velha. não me venha, estou louca. não me fale, estou abatida... e não me beije! estou quase lá.one more look and i forget everything. e então quando chego perto, você pode me ouvir? ohnonononono its pretty scaring! no.

Sunday 2 August 2009

Plateau

De onde veio toda a forma de tolerância e a capacidade de compreensão, vieram também alguns espinhos.

Experimentos são cruéis. Ver esses pontos passando um pelo outro, como se fosse uma dança de ponteiros cruzados, sem mexer o mínimo fio para mudar a direção, às vezes pode parecer mais do que você espera. E se ao menos tivesse a certeza de onde veio toda essa espera, seria possível voltar e desafiar o seu fracasso. E eu vejo que nesse meio tempo, me perco. Sem saber definir o que foi real e o que foi somente parte de uma sombra. E a sombra não seria o seu espelho, nem o real o seu anseio, nem aquelas palavras quebradas por uma falha de direção para tentar amenizar a queda. E realmente existem dois estranhos, cujos mundos não poderiam colidir, mesmo fogo por fogo, água e nuvem não colidem. E se perderam pelo mesmo caminho, tentando encontrar algo parecido com o fim e a única coisa que encontraram eram outros caminhos distintos para percorrer. Nem sempre a culpa é de quem vai, são créditos que não podem ser dados, estão inerentes a mim, a você e a quem mais for andar. Não vai adiantar desligar os sons, as imagens, nem muito menos as luzes, você não vai escapar dos fantasmas do seu próprio eu. E não seria coincidência que o orgulho separasse dois vácuos, dois estranhos, talvez não o orgulho, mas os espinhos. Você não vai querer tirá-los, vai? Quando os tira, incomoda ainda por algum tempo, aquela vontade inconsciente e real de ficar mexendo. Tem dores que você não pode nem ver, nem tocar, mesmo assim doeria muito mais do que um espinho penetrando na sua pele, uma ou duas vezes. O que não podemos ver incomoda a tal ponto de inércia que você acaba vendo o que instiga a sua certeza, que na verdade, é só um punhado de mentiras inacabadas pelos seus tragos longos atrás de respostas. Os meus tragos longos me remetem a um espaço reto até uma pedra em forma de qualquer coisa que não sairia do lugar nem com um furacão. Ninguém poderia entrar em um furacão em movimento para mudar a direção dos fatos. Tentaria andar para continuar no jogo. Não? Não.


Saturday 1 August 2009

.

Now all your love is wasted? Then who the hell was i?


Wednesday 17 June 2009

The passenger

to Jack

The first step to know where you are, is to accept it. And doing it, you can be wherever you wish to be. After a while, wake up of this dream and get ready to be the next, or the first. I lost my heart under this skin, and it is easy to see how a monster is acting today, but i had my eyes open to understand how hard was it, and the yesterday monster is too busy trying to be ok to see the because of my madness. and maybe i just couldnt say this i should let it go, let it flow, so. i cant, i'm still dead, and i know that i am not the only one. i've been acting like a real girl for the last couple of mouths, i was tired and i needed something to begin. but passing by your own feelings for fear, its suicide. today i know what would make me ok, make me dead and alive at the same time.but when you cant see a passenger in your train, trying to move it with you, it is better to erase it all. and moving is not talk, moving is to be there and try to do it together, and you will need trust to lead the train, even without straight to carry on. i had straight to forget myself once but who else could do it? i am in the other side now, alone, between footsteps and branches, in the end of line, under the bridge, waiting for the passenger to take me above. If only you and I could trust each other through this, then together we could work out who the enemy is.

Monday 15 June 2009

Jigsaw falling into place

Estava entre a noite e o dia, no último andar de um lugar qualquer. E antes dos vidros e lágrimas, eu desejei que ela estivesse ali, mesmo sabendo que iria morrer sem explicação, de olhos abertos. E enquanto tudo desmoronava, enquanto nossos rostos, de tanto ódio, encostavam-se, num duelo de palavras sujas, mal ditas, corrosivas, algo caiu. E de quanto em quanto, ficava mais perto do que nunca, mais perto e mais longe. E assim como eu fugi de você, você fugiu de mim, assim como sua voz se perdeu nas cores e nada entrava mais dentro da minha cabeça, assim como seu sorriso se desfez em minhas mãos e minhas mãos se perderam nos seus olhos, assim como meu suspiro é o seu suspiro e o meu delírio é a sua desistência, assim como meu vazio é a falta do seu sorriso torto, e o seu desfalecer é a minha perca de sentidos e razão, assim como você nunca me deixaria tão bem como eu nunca vou ficar, assim como o único fio imaginário entre nossos corpos é um pedaço do quebra-cabeça que nunca terminamos, assim como morrer de amor é morrer todo dia e de olhos abertos. De olhos abertos porque você continua enxergando mesmo sem querer, sem precisar, só para ter certeza que a sua condição é aquela, e é nociva ao extremo porque foi o que lhe fez correr, você o fez. E pela noite, ainda pode-se lamentar o não saber como teria sido se tivesse olhado para trás e esperasse a outra mão, ou se a outra mão seguisse em frente aquela rua ao invés de estar tão cansada para apostar na razão. E eu estava


Sunday 31 May 2009

Into dust

Um fio bem fino que liga duas realidades vitais vai se desfazendo enquanto a música é tocada, e por alto, pode-se ver o fio virando poeira e se alastrando pelo ar como se fosse poeira. A poeira está desaparecendo a medida que, pela noite, dois estranhos se cruzam e como se fossem mais que poeira, passam repentinamente pelo mesmo lado. a ânsia toma conta do corpo de um dos estranhos, e o fio invisível vai definhando pouco a pouco, linha por linha, ponto por ponto, possivelmente tão rápido quanto no outro corpo. e antes que o fio desapareça no meio de tanto escuro e se perca...


Sunday 17 May 2009

Close to you

There is a reason that keeps me today here, alone, in this spooky wheel. And there is one for all that knots in my throat, or this weight up in my head... in the deep down, on the end of the road. do you believe it? would you? i'm in the end again. just in time to be at the beggining. and for a second, i lost my words, my breath, my shadow. to lose your shadow is like to look in the mirror and the only thing you can see is a drunk face, without witness behind you. and knowing that if you close your eyes you will see the reverse of yourself. and it will freak you out for awhile, because you never see it before and guess what: you lose! no matter what or even how. wait for the night to come and this time, it won't bring you any relief, and once again you will look yourself in this broken mirror, for some one who left. being half... being hate. even for hate there is a reason, but...
why do birds suddenly appear every time you are near?


Monday 11 May 2009

P.S

"I can't believe that I'm in love with a dwarf"


Tuesday 5 May 2009

Seven minutes

ACT 2 - ROOM / IN - NIGHT

Scenario - A muffled room, with wooden floor, dusty, with no windows. Valentino has on his eyes an expression of anxiety and fear. He looks at the sides. The phone rings, the bells too. He's lost, trying to follow the sounds. It disappear. Valentino closes his eyes and sighs.

- Am I on the opposite side?


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Sunday 12 April 2009

Destroy everything you touch

Tem um quebra cabeça que monto a muito tempo, que sempre falta uma peça. Mas é uma peça meio grande, dessas que, se faltar, muitas coisas ficam incompletas. No meu complexo de paralisia mental, mais um dia. E o décimo dia não tem outros perto, só o nada que suga o pouco que ainda resta dentro da minha pupila dilatada de enxergar o que não há. E então, quanto mais perto chego do último próximo dia, mais me convenço de que a precisão de certas coisas são o avesso do avesso do avesso do que a minha pele precisa para não desintegrar junto com meus retalhos, fartos, fatos, fatais por nunca ser. Por nunca pertencer. Minhas mãos também estão frias, amor, estou esperando aquele trem, aquele trem que perdemos, mas eu tinha certeza que quando embarcassemos nele, saberiamos ao certo se nossos corações ainda batem, ou se batem da mesma forma, na mesma condição, buscando a mesma estrada. E a lua clareia metade de qualquer cor que ouso ver, e por agora, deve ser o suficiente, mas quando apagar-se, vai ser a única coisa a ser lembrada como real. Ao invés de puxá-lo para o outro lado, decidi apagar esta idéia e me transportar para um lar hoje à noite, lá dentro do trem, você precisa me deixar ir... nos deixar ir, eu preciso.

Monday 6 April 2009

If you are feeling sinister

But if you are feeling sinister, go off and see a minister. He'll try in vain to take away the pain of being a hopeless unbeliever. Chances are you'll probably feel better if you stayed and played with yourself .

I'm feeling sinister and stayed.

Sunday 5 April 2009

Love is noise

Percebi que de pouco em pouco minhas pegadas vão pisando como se fosssem humanas, como se fossem mais um. E eu continuo sentindo esse blues dentro da minha mente, que canto enquanto o escuro cega meus olhos pesados de nada ver. E então, é dia, é sol, mais uma vez. Vou embora deixando tudo pra trás, ou querendo deixar, o ser, o ter de ser incompleta. Tem uma sombra na parede que indica outra sombra se aproximando. Falso indício... ela só vai se apagar, diminuir, e aquela luz do foco se desfaz por entre as cores e começo a entender que eu estava ali, tentando entender o vício por qualquer coisa que insistem em viver. Mas o que é o vício, não é mesmo? É só mais uma verdade mal interpretada, como tantas outras verdades ou, até mesmo, mentiras. E a sua verdade? Tentar se convencer que ela é mais que um teste é praticamente uma luta com faca de um só gume. Um só, porque dois é suficiente pra ver a sombra da dúvida. E mais uma vez... O blues. Passando da cabeça para o pulso, do pulso para os pés, dos pés para a valsa, dois, dois, blues, dois, dois, blues, dois... behind you, everything you touch...today, destroy me.

Friday 27 March 2009

,

qualquer coisa

Saturday 21 March 2009

Time to pretend

Então, os dias mais rápidos, ásperos, vamos tocar mais uma música. Consegui tocar todas as estrelas com dois pés somente, e de cabeça para baixo, acho que agora consigo a maioria das coisas num fechar de olhos excepcional, pensando que realmente é aquilo que preciso. E se não for? Fecho os olhos mais uma vez e procuro o que seria. Não? Sim. É assim que funciona o sistema, e eu pertenço a ele mais do que qualquer coisa que busco, right.
Talvez a simplicidade dos atos possíveis e presentes não sejam possíveis, as pessoas costumam querer mais do que isso, algo a mais como full anything. Não é concreto, o tudo, então como poderia eu oferecer? E como alguém poderia o querer? Que ironico...
Então, me dê o seu amor, eu não preciso dele. Sou só aluguel, juro. Deixe a porta aberta, vou ficar observando o que se vai, de fato ir, e como participante disso tudo, vou rir e vou chorar, vou tentar ver e fingir que não o vejo, oferecer o meu pano abstrato para torcer e pôr na sua queimadura e esperar o fogo acabar. E depois da poeira, para que acordar tão cedo? Vamos sair para qualquer lugar e esperar o dia começar, o outro lado agora aqui está mais perto, mais palpável e estérico. Sinto falta dos sentimentos que costumavam pesar, que por diálogos sombrios e desnecessários não se fizeram mais precisos, mas só sombra.
Mas ao mesmo tempo, o que é o outro lado, não é mesmo? Nunca me senti tão vulnerável e tão forte, e tudo isso é o certo, não pense tanto assim, não destrua a sua capacidade de superação momentânea e simultânea. Live now, it's time to pretend!

Saturday 28 February 2009

Ironic

A diferença entre o bem e o mal, está no espaço. E tudo que esse espaço representa. As lógicas disso tudo simplesmente não fazem menor sentido, não tanto quanto era esperado. Mas esperado por quem? Quem se importa com esse espaço? E no que ele vai causar. Do you?
I'm the one they all run from.

Friday 27 February 2009

Diálogo sobre o subsolo - parte I

o subsolo, de repente a pergunta: quem vive lá, porque...
- eu estou cansado.
- cansado? tudo está neste sentido...
- sim, acho que tenho medo de me sentir diferente de agora
- e como vc se sente agora?
- como se eu soubesse que não tem ninguém, sabe? uma solidão, mas solidão de idéias, de encaixe de consciente. e ao mesmo tempo, sei que não estou só, mas tenho medo de ser ou de não ser.
- encaixe de consciente, ninguém é tão diferente assim, Ben. as pessoas são escritas de formas ou padrões mais ou menos parecidos, embora não seja tão perceptivel quanto se gostaria. não dá para ser sozinho em consciência.
- pois veja só, entendo esses padrões, mas não me diga que são únicos. e quem habita o subsolo?
- subsolo?
- sim, lá no subsolo tem pessoas exageradamente conscientes de si mesmas, aquele tipo que usa o auto-conhecimento não para o gozo, mas para existir. não são humanos. não como a maioria de nós somos.
- acho estranho essa forma de existir. vamos ser simples. exista e use o seu pedaço padrão humano
- e depois do pedaço?
- aí depois, Benjamin, você tenta encontrar o que lhe fez perdido.

Wednesday 25 February 2009

Tanto mar

I use sunglasses at night, to see how long I can be inside this lounge that I am hanging now. Protecting my view while the colors take care of myself. Watch the dance of flowers, coming into your eyes like a day in the forest. And according to the song, it changes of side, right and left, like a trip inside your deep dark.
As cores são substituidas por vogais, adjetivos, você tem que contar todos e são muitos. Enquanto espero pelo fincar deste estado, subo um pouco naquele degrau ameno de estabilidade, não me dando conta do pedaço de vazio que deixei no atravessar sem olhar para o fim ou para o começo. Então páro, a dança contínua continua e agora posso ter uma nova visão de tudo, por cima dessas flores, caindo, partindo, beijando o meu pequeno mapa de mim mesma. Já que me permiti tanta coisa, tanto mar, todas esses absurdos que por tanto tempo tranquei ao fechar os olhos. É como se continuasse intenso, duplo qualquer sentido, mas ao respirar, agora deixo não só o ar entrar, mas tudo que tiver para vir, com verde, azul, redondo, inerte. Sem saber, mudo o traço que escrevi e não importa se as formas não traduzem mais. Elas são qualquer coisa que você quiser.

Monday 16 February 2009

Cartão postal

Lembrei onde começar hoje. Lá no outro lado, quando tudo era cedo, vai ser cedo amanhã também. Estou escutando enquanto ninguém fala, tocando a fita ao avesso, deixando tudo como está para mudar o inadequado, tudo acontecendo e nem lembro. Não estou sentindo muita coisa, e provavelmente o limite não é atingido nunca, não realmente. Mas lembro do cartão postal que escrevi, soltando nada e tudo, pelos ares, sem ares absolutamente. Ele falava da solidão que viria, com vista para o mar. Os solitários dizem a verdade, quem poderia chegar perto para enganar ? Você chegaria? Mesmo se adiantasse, não disse que iria. E daquelas palavras, só garanto a vista para o mar. A minha. E o meu amor, naquele velho postal, banal, sem nenhum valor... Esqueci a cor.
O mar vai e volta, com o gosto do licor que ficou da tua boca.

Thursday 5 February 2009

Rain city

Some time ago, i heard the acoustic version of that song from yeah yeah yeahs forever, and that was all. It explained everything or left me with nothing, didn't matter, i just heard it. And for two or three minutes, I could be ok. Now, I see the rain and for some reason, I wish that, somehow, I could go diving till I dry. And It would explain everything or leave me with nothing. It rains so slowly...

Friday 16 January 2009

A day in the life

This is my last day of death. Last is a very hard word to say, but this time, i will have to use it.
In this day, i realized how can a human be so wasteful.
Nas outras manhãs, por insistência própria, quis levantar e ver o que meus olhos poderiam enxergar, mas ao chegar no nono dia, não tenho mais por que erguer. Talvez o que exista seja isso, esse sopro interno que corrói como o frio faz com as folhas. Os punhos voltaram a ser inertes, como no primeiro, como se tivesse feito uma viagem para o fundo, mas por não aguentar a pressão de lá, comprimindo não só o ar, mas os movimentos e espasmos, fechou-se os olhos. A luz mudou, eu tive que perder...

E no último dia, eu desejei ser, de fato, irreal.

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I'll meet you in the light.

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