Tuesday 24 August 2010

Dorothy Lamour

, com amor te matei.

and there was night, like it always have been here inside. the steel in my eyes and the bitter taste in my mouth,
consume the rest of my words, with silence,

... porque ainda logo, faço ou disfarço ao entornar
mais um gole, mais uma garrafa
de todo esse estilhaço que me deixa em, .

em outra cena, com um alto nível de razão, sentimentalismo barato e coberto por normalidades não casuais, encontro um pequeno rastro de uma possível epidemia, resultado de uma insatisfação irracional, vinda de um visitante quase alegórico, para aquela cena, para aquele canto todo, em um só tom. o visitante chegou, não sabia se havia morrido ou se delirava - a olhos nus, finalmente - e se deparou, primeiramente, com um sono, perdido em todos os seus anos ansiosos por qualquer coisa. então ele dormiu, perto de uma pedra, entre dois ou três arbustos vermelhos. ao acordar, quase um dia depois, não vestia mais saudade, nem muito menos destreza calçava. levantou-se, não entendeu o que se passava ali, mas não hesitou em aproveitar o momento sem questionar. era a primeira vez que não colocaria uma questão no topo de um sentimento. não guardaria o seu humor para o escuro, que, outrora, preenchia seu peito. o visitante andou até suas pernas pararem e sentarem em um enconsto velho de madeira, próximo a uma estreira vila do lado esquerdo de sua caminhada. esquerdo, veja bem. esquerdo. então, como se estivesse condicionado aquilo, levantou-se ao ver uma mulher, pálida como uma luz opaca, e eles ficaram ali, se falando no silêncio, esperando o próximo passo a ser seguido. e então as suas mãos procuraram as da moça pálida e nesse momento, escuta-se uma tempestade de areia para interceder na passagem. eles estavam em outra cena. agora estariam vivos? ou mais uma vez, delírio? e foi delírio? agora não mais tinham o silêncio. e no lugar dos sons mudos, cores mortas, pois não mais poderiam ver. só tocar ou cheirar as incertezas. teriam que ser guiados pela mútua confiança adquirida pela situação. - poderia ser qualquer cor, o visitante pensou. poderia nem ser, talvez. acrescentou a moça pálida. eles conseguiam sentir o cheiro do vermelho, o sabor do pesar de uma palavra, foram paralizados, então, cristalizados. outra cena. silêncio não mais, nem muito menos a cegueira. esses deram lugar ao não sentir. mas antes que isso se eternizasse, que ficassem estáticos, inertes, na fala muda um do outro, na visão insuficiente de ambos, fez-se o delírio. as cores voltam a ser uma por uma calculadas exatamente no ferro e fogo que pudessem vê-las, senti-las, cheira-las e até adiciona-las ao que quer que fosse. mas antes disso... outro delírio, outra loucura. o tudo virou negro, frio, pequeno, ia diminuindo e o visitante nada mais podia fazer, não dispunha de seus sentidos. estava possuido por uma fadiga cruel e que não fazia o mínimo sentido. casual. então a paralizia tomou a languidez da moça. estavam no centro da mais improvável realidade. não se andava mais, nem a respiração. outro delírio. outra cena. dentro de uma bolha, uma bolha que sucumbia a outra e outra e cada vez menos bolhas, numa relação inversa ao plausível. então eles foram devagar aterrisando em outra atmosfera. suas mãos se encontravam, suas cores se confundiam, agora tudo parecia mais próximo ao... nada real. outro delírio. voltaram os movimentos, agora eles só voltam, andam de traz para frente e também o pensamento e sua corrente de níveis de isolação. seus desejos se resumiam a experimentar o que não faria o mesmo sentido de uma cena passada. e depois da bolha, do silêncio, da paralizia, da cegueira, a loucura ardeu e perfurou suas hipoteses absurdas e prováveis uma a uma, devagarzinho, voltando sempre para exterminar a certeza também.
tive que sair da sala, estava na primeira fila e um só tiro àquela distância, não acertaria todos os meus insólitos pensamentos. a sala logo ficou vazia, talvez não percebera que eu era o único ali. as luzes acesas, a tela desligada. estava tão perto do the end,
...
a tua cor, o teu nome, mentira azul!
tudo passou, teu veneno, teu sorriso blue...
ai, hoje eu sou água-viva nos mares do sul
não quero mais chorar, te rever, dorothy lamour.








Tuesday 10 August 2010

Coração selvagem

meu bem, guarde uma frase pra mim dentro da sua canção, esconda um beijo pra mim sob as dobras do blusão. eu quero um gole de cerveja no seu copo no seu colo e nesse bar... meu bem, o meu lugar é onde você quer que ele seja. não quero o que a cabeça pensa eu quero o que a alma deseja.: arco-íris, anjo rebelde, eu quero o corpo, tenho pressa de viver... mas quando você me amar, me abrace e me beije bem devagar, que é para eu ter tempo, tempo de me apaixonar, tempo para ouvir o rádio no carro, tempo para a turma do outro bairro, ver e saber que eu te amo. meu bem, o mundo inteiro está naquela estrada ali em frente, tome um refrigerante, coma um cachorro-quente. sim, já é outra viagem e o meu coração selvagem tem essa pressa de viver.
meu bem, mas quando a vida nos violentar pediremos ao bom deus que nos ajude, falaremos para a vida: "vida, pisa devagar meu coração cuidado é frágil; meu coração é como vidro, como um beijo de novela" meu bem, talvez você possa compreender a minha solidão, o meu som, e a minha fúria e essa pressa de viver e esse jeito de deixar sempre de lado a certeza e arriscar tudo de novo com paixão. andar caminho errado pela simples alegria de ser. meu bem, vem viver comigo, vem correr perigo , vem morrer comigo! talvez eu morra jovem, alguma curva no caminho, algum punhal de amor traído, completara o meu destino. meu bem, vem viver comigo, vem correr perigo, vem morrer comigo, meu bem, meu bem, meu bem ...

Sunday 8 August 2010

Quelqu'un m'a dit

after a while I still think it was no fiction, wasnt the first time that I saw her and your pale skin was just another way to say goodbye. and I meant to kidnap you that morning, but I couldnt and still ... what should I feel now when its dawn? how many times I thought: why dont you come? you look where I dont walk, can't hear you sing, I have no idea how to go away, or, - its suppose to be so simple a word, a smile - living in a poem, like me - poor mind - you should understand, I'd surely fall for you and I badly did it. so believe that all the fleurs I'd give, but see: I dont know how to start. it doest matter when your words are said only inside your mind and could make sense if... if its said.

c'est secret



Monday 2 August 2010

The sound of silence

sobre o quase, o azul e o rude imaginário

aproveitando o silêncio que embalava o mais intrínseco passeio ao surreal, no meu jogo de lembranças falhas, vi os dois lados. a lua num clarão, ainda doendo nos ossos, ainda distante e irremediavelmente só. minha boca beijava o vinho ainda, ja rasgado e pela metade. e depois, mais um pouco de paciência e volto ao estado rude de outrora, de estar repleta de amargura e convencida de ser o certo a se fazer. mas vejamos pelo terceiro olho, jack. acordei e tudo estava atravessado em rodeios, em poucos sinais de imaginação. fui caminhando, passos magros e opacos, até a sala, que não estava mais vazia, eu a desejei tanto com todas aquelas flores e luzes, toquei o mais triste disco que me conduziu ao escuro, ao escuro, dançando no escuro, o veludo azul, mais uma vez, eu procurei respostas naquele escuro, dois pra lá, dois pra cá, os sussurros invadiram o silêncio, de repente os botões da minha camisa amassada transformaram-se em pessoas ao redor sem ao menos moverem-se, esperando aquela dança terminar, quem sabe não seria a música de qualquer um, após o veludo azul? tão sutil quanto, tão triste e confortante até mesmo para uma dança solitária como aquela, onde só se via o azul do veludo, nada do soft, baby. quando a música terminou de tocar, afundei minha cabeça em perguntas sem explicações, sem gostos, sem definições e todas as pessoas tinham desaparecido, não ouvia-se mais os sussurros, que parecia que eles só escutavam, mas não ouviam e nem ousavam pertubar aqueles tons, aqueles sons que me embalavam no silêncio. ninguém viu, o eco do silêncio, as pestanas em preto e branco, quase matando as cores neutras rastejando por uma luz. e o meu quase azul rude permaneceu após as vírgulas, me embalando no silêncio, me entorpecendo sem cair, sem agir, um só olho aberto, tentando não enxergar nada além das cores opacas do escuro, para no escuro permanecer, sem a busca pelo tudo que te restou, ou o nada que te tomou.




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