Thursday 29 April 2010

Crystalised

sinopse geral - monólogo dividido em três personagens: valentina, isis e theodore. quando o que mais incomoda é o tempo que resta,
é nele que é preciso se apoiar, pois em meio a três psiques em um mesmo corpo, a morte chega de formas e caminhos distintos,
que terão que se cruzar.


e no último passo, valentina chegou a theodore, como um espasmo chega ao piscar de um olho;

v - na minha disritmia, não poderia admitir algo tão banal como ter certeza de algum sentimento.
t - nos dias que passei inerte, com você, era só mais uma dose pequena que aspirava...
v - o que não desliga-se do fato de ser fatal, the.
t - o que não liga-se ao fatal de ser você, de sermos nós.
v - o que quer, então? me tomar de novo?
t - aquela cristalização, por hora, me faria desaparecer.
v - não o faria.
t - poderia passar o tempo que quiser.
v - não é bem assim... isis.
t - ah, mais uma vez para a metade auto diagnosticada em afasia!
v - anularia?
t - você e eu.
v - o que não seria dois, seria mais um.
t - não chegaria a mais de 2 palmos a mais do que estou...
t - é tão mais profundo do que pensas ...
v - profundo a não ser dentro de mim, de você.
t - você precisa nos ajudar a voltar ao começo ...
v - antes que eu seja paralizada,



Sunday 18 April 2010

Don't let me be misunderstood

sobre a ânsia e o ad hoc

existe uma náusea mais intensa do que a ânsia, um pedaço insolúvel do quebra cabeça, que não há o que perceber. é mais uma forma de passar por entre os dedos sem sequer tocar a mão. no sistema que criaram, é bem mais simples piscar os dois olhos ao mesmo tempo, ao invés de um só. o cinismo corresponde a expectativa vazia de um porém. - nunca soube se me faço compreender ou se só acrescento perguntas abstratas em um quadro negro. - de qualquer forma, na medida do possível, o que há é que, estando de frente para uma rua tão escura e vazia, consegui ver a inconstante hipótese sendo falseada. a originalidade de tanta evidência ... um dia tão irresolúvel. ponto. mais uma vez ... a retórica sentimental! que é uma sede sem intriga anterior. é questão de poesia. essa conspiração já inflou meu delírio, essas paralelas distantes já não fazem tanto sentido quando são metrificadas. e esse caos cultural, que é inferior a qualquer razão linguistica, reduz-se a versos. é um grito ao avesso, não? esqueça toda essa pausa indiferente, que insiste em fazer parte, atravessando a parede e o punhal. e o meu grito é para o frenesi, para o sentimentalismo barato, para morrer de amor, sem precedentes e muito menos luto. o meu grito é para deliberar a ânsia de uma embriaguez contínua, embriaguez em uma elegia qualquer, fatal, para somente sobreviver o que se há para ficar. grito, o meu grito ao avesso não é alusão ao frívolo. é passional e repentino, como toda poesia deve ser, um relógio sem ponteiros


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