Monday 16 February 2009

Cartão postal

Lembrei onde começar hoje. Lá no outro lado, quando tudo era cedo, vai ser cedo amanhã também. Estou escutando enquanto ninguém fala, tocando a fita ao avesso, deixando tudo como está para mudar o inadequado, tudo acontecendo e nem lembro. Não estou sentindo muita coisa, e provavelmente o limite não é atingido nunca, não realmente. Mas lembro do cartão postal que escrevi, soltando nada e tudo, pelos ares, sem ares absolutamente. Ele falava da solidão que viria, com vista para o mar. Os solitários dizem a verdade, quem poderia chegar perto para enganar ? Você chegaria? Mesmo se adiantasse, não disse que iria. E daquelas palavras, só garanto a vista para o mar. A minha. E o meu amor, naquele velho postal, banal, sem nenhum valor... Esqueci a cor.
O mar vai e volta, com o gosto do licor que ficou da tua boca.

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