Saturday 24 October 2009

Bad cover version

é uma perca de tempo, não atenda o telefone, não grite o caos, não desvie da sombra, não corra da morte, não caia no meio, não tente ser uma rocha, não permaneça. e agora? qual a minha pena? já me arrancaram tantas... então me diga. pra que ser um estranho agora? alguns pontos vazios trocam de lugar a medida que os lados se destroem e também trocam de lugar. é como fugir da sua sombra, não adianta. está impregnado na sua pele, na sua retina, nos nervos. então não cante aquele antigo romance, não solte as algemas do seu pânico. em algum lugar do meu espaço, ainda dói quando penso em você. ainda dói quando sei que pensa, que você pensa. é só uma ferida, uma cicatriz. não sei como gostar desse jeito. sabe aquele sentimento que você não sabe o que fazer com ele? não, né? mas imagine. cada vez que acendo um cigarro, imagino como teria sido doce, como poderia ter sido doce. é como os personagens mudos, mas se eles pudessem falar, como se fosse a turnê daquela velha bandinha de garagem que tinha vergonha de compor letras. que irônico pensar que as voltas dadas param no início. e quando você nunca pensou em ir para o início? fico só com o gosto do doce, das vertentes, melhor dizendo, do doce, que provo quando fecho os olhos para sair da realidade. é uma perca de tempo... mas perca de tempo pra que? qual incerteza que o espelho vai cobrir com a perda? então atenda o telefone se você quiser, grite ao caos até ele chegar e te possuir, ande na parte iluminada da sua visão, para não se perder de propósito, sinta-se invencível pra qualquer idiota que pense que poderá te destruir com seus diálogos meta-qualquer-coisa. acredite na verdade que foi dita, e a faça suficiente, o que não foi dito, não foi necessário, não foi. me sabote, querido jack, me sabote. me prenda nas suas malditas asas e me leve para o seu cárcere. aqui me desconstroem, jack, me deixam na margem, pra pisar até me auto sabotar, até eu precisar pular para não cair. eu quero cair apesar de eticéteras, apesar de qualquer mal entendido, de qualquer suborno para a dúvida


Sunday 18 October 2009

Paranoid android

o pior de ser humano, é fazer parte. é saber que não sou vítima, mas participante. é saber que não importa o quanto oblíqua sua visão possa ser - mas que irônico - você continua sendo mais um, continua sentindo essas pontadas de ânsia e a vontade de soar mais calmo é só uma sombra, você não vai ficar mais calmo, a tendência é piorar com o tempo, com o espaço, já que o maior medo humano é ser o espelho, é enxergar o reflexo... e o ver no outro, pela esquerda, pela direita, saindo por todos os lados, tirando o seu ar, querendo a sua pele, deixando tudo turvo, tudo pendendo para algum lugar... te deixando paranóico, pensando o inverso, o avesso, o incerto, o mal contato, o não-se-pode, o que cabe e o que é só vertigem, o amor que te falta, a rotina que vomita, o grito que não passa do fechar de olhos, o quebrar da sua mente, indo e vindo, procurando a resposta que não condiz ou que não ... não se acha, não se procura, não se aqueta, nem se move, nem é só uma, nem duas, nem mais nem menos, é tudo o que você quiser, tudo é tanta coisa, mas o que mais esperar? nem tanto nem pouco para nós, nem suficiente, nem aquela velha história que lhe contaram sobre ... esqueci.
ah, me pega pela mão, me leva pra dançar e enquanto você me embala, me deixa sair daqui, me deixa quebrar o vidro e sair voando. voando até esquecer o que me faz lembrar de não ter que existir perto ou longe, estou esperando faz tanto tempo, nem faz tanto tempo assim, mas aqui tudo parece uma eternidade, nesse escuro quarto no meio dos gritos indizíveis e das palavras que nem ousei procurar. só me leva pra dançar, eu nem sei dançar



Saturday 17 October 2009

Ignorance

quando passas a meu lado,
e que olhas para mim,
tornas-te da cor da rosa,
e eu da cor do jasmim.

vê tu que expressões diferentes
da nossa mesma ansiedade:
a cor da rosa é despeito,
a palidez é saudade


Florbela Espanca


Tuesday 13 October 2009

p.s.: ,

to.

long ago i read something about a beautiful sunday... whilst was a saturday. you see, what they call madness, i call truth. and maybe the reason for my lines today its not the same for yours, in that sunday. i guess it was just a ... i hope not. its incredibly charming, like mistakes or incomplete answers
, the unspoken truths, the subtended intentions, a different air to breathe with different colours too [...] i only fall for words and today, its not saturday and its not a special day, i'm just blue and nothing could take this away but, with no apparent reason, i fell for your words and i'm pretty sure you understood.



Tuesday 6 October 2009

Forent

one more solo and i'll kiss you again, one more word and i'll see your eyes open while i'm sleeping, one more breathe and you'll know how long i passed to feel it once again. how does it feel? if i could touch you one more time.. i'm in the other side now, fucking alone, this time its me, ti. i've already lost myself in a crazy woman's red lips and then you, again you, gimme your watch that i want to know how long does it take... to forget you...again



Saturday 3 October 2009

Lounge act

i'll arrest myself now... you see, there is a kind of feeling, a kind of love, that no matter how close you are, its never fair. but i dont regret a thing and i promess never going to the other side without you. i still do, almost madness








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I'll meet you in the light.

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