Saturday 27 September 2008

Resposta ao tempo


Tenho dormido menos que a minha cota de 4 horas/dia. Fumado mais que 2 cigarros seguidos, sorrindo somente para espantar o choro, bebido para ter argumento, seguindo para não parar no tempo... E ele me perguntou em que lado eu estava, e não pude respondê-lo, minha garganta com nós, minha boca seca, meu olhar agora desfocado, não pude responder. Na verdade, nem eu mesma sei! Ora bolas de que lado... E como é que se sabe de uma coisa dessas. Zangou-se e me deixou, disse que ia ter os passos apressados e o atraso seria inexistente. Se ele soubesse o que eu faço para não perdê-lo. Pena que a minha visão passiva esteja tão em alta esses últimos dias vindos. Às vezes queria a madrugada mais longa, mais intensa e real. Mas nada mais do que eu espere, do que eu deseje, entrando na mesma rua, na esquina, com uma única saída, sem nenhuma luz. De que lado estou... Quais são os lados...
A segunda vez que vi Dulce Veiga, um tom lilás predominava, um cheiro doce me enchia, uma falsa imagem me cobria os olhos, enfeitiçava a minha turva visão. E mais uma vez ele me enganou. Não era o dia. Minha mente pertubada, o dia, a noite, as ruas, a pele, a incerteza. Aquele rosto não pode ser descrito, visto ser mera ilusão. Não era o dia para vê-lo, mas quando for, que não tenha disfarces entre a janela e o vidro. L'angolo, senza nomes, solo questo alba.

Sunday 21 September 2008

How to fight loneliness

How to fight loneliness: smile all the time. Shine your teeth til meaningless Sharpen them with lies And whatever's going down will follow you around. That's how you fight loneliness. You laugh at every joke, drag your blanket blindly, fill your heart with smoke and the first thing that you want, will be the last thing you ever need. That's how you fight it: just smile all the time. Just smile all the time;

Monday 15 September 2008

Blue monday

I said 'goodbye' to someone that i love.

Monday 8 September 2008

Poltrona verde


Dois brindes à Dulce Veiga e a sua falsa realidade, a nossa falsa realidade... No sétimo dia não me causaram nada, eu cometi suicídio, desta vez fiz questão de acabar de uma vez com a imagem de uma placa longe por entre as árvores, que me rouba a vista e me nutre o ego vazio. Os egos.

E não é a idéia de não ser mais que me fez brindar à Dulce. Foi uma noite passada, presente, escura, que me sentei na sua poltrona verde e nada mais fiz a não ser esperar a janela se iluminar com as cores do céu aberto, da sombra do disco voador indo embora, estando só de passagem por aqui, e nem esperam o chamado por eles, pedindo para ir junto até qualquer lugar fora do tempo, para fugir sem deixar as marcas no espaço, sem as pegadas aleatórias nessa areia fria. Continuo aqui sentada... entre o tudo e o nada.


Monday 1 September 2008

Mutante

As letras confundem-se com os verdadeiros sentidos das frases, e tem uma continua fragilidade entre o querer e o ser quebrado. O ser intacto, possuído, possesso. Possuir... Será que, de fato, possuímos algo? Alguém... Tem quem diga que algo que volta quando você o deixa ir, é porque deveras o possui, mas que ironia, não? Se foi embora, como te pertence? Não seria porque as respostas certas estão ali, em você? Isso não é possuir, é vaidade, medo, consequentemente medo. Vaidade sim, por querer ter a certeza de quem não vai tão longe, ser seu pra sempre. “Pra sempre”.
Enquanto me confundo com os verdadeiros sentidos frasais, penso na condição mutante de ser. Do quão estranho é saber reconhecer o que acontece dentro de você, correndo pelas suas veias frágeis, caindo do seu peso humano e transformando-se em mais, em outro. Pensando estar rudemente afetado por toda aquela velha historia de dúvidas, caminhos, estados, dias, dores, tempo, como é difícil aceitar a condição humana, diga-se de passagem, desumana. Então, mutante. Sou mutante. Não é tão fácil assim.
As fragilidades, as correrias, os amores, os nós na garganta, as perguntas sem respostas, os sorrisos embaçados, os olhares penetrantes e a mente não... Não.
Por poder pensar em todos como tudo, e tudo como cada um pode parecer, para parecer. E se pelo menos eles pudessem ver, se ao menos eles tivessem ido lá, eles entenderiam como alguém escolhe esta condição, veriam passar o trem que peguei para estacionar aqui e eu nunca pensei que seria tão claro... A única diferença é o estado do ser. A calma e a capacidade de enxergar algo além do que a sua barreira permite que você veja. E é tão claro...
Às vezes penso que, se acordar, vou dormir por um longo dia, que pode nunca acabar.

About Me

My photo
I'll meet you in the light.

Followers