Saturday 23 August 2008

Lost in town

Today I woke up with a big hangover, like most part of my Saturdays. But this time was different…or not. I tried to find what I was looking for, but it’s so hard when you have no idea of what it is. So I escaped one more time of being alive. It’s pretty scaring!
While I’m listening to some voices I wonder… all the things that I will lose, that won’t be here tomorrow. While I’m sleeping it disappear, to never come back. I’m lost in town…

As verdades que eu sabia mudaram de lugar e de direção. E mudei com elas, mas não sei para onde foram, logo, não sei onde estou também. Já tive a certeza de ter a certeza e hoje acordo ainda tonta, pedindo para os céus impossíveis que me dêem alguma forma de prisão, de como poderia desprender das dúvidas e cair na real, no mundo real. Mundo real? E como ir em frente se não é possível ver o fim? Ver ao menos o começo... Os rostos, os traços, as cores, os lados, os fios, a minha lupa... Distraem, confundem e sou completamente incapaz de não ter lapsos, de conseguir reconhecer tudo isso como real. Estou perdida na cidade, me aproximando de algum outro lugar banal, outro lugar que sei onde está, mas não me importa muito ser. E têm tantos rodeios, tantas tentativas frustradas de conseguir ir além da linha, conseguir chegar.
Tem um peso vivo dentro de mim, vida. E não consigo descobrir o que faz pesar, o que faz sangrar. Por que fazem sangrar... É tudo muito confuso quando você vê que só quem está confuso é você e na verdade, não é só você. Você não é único e não é igual a ninguém. Existem três tipos de pessoas. Os que vêem, os que enxergam e os que fingem enxergar. Só três? Mas tem tanta gente por aí... Tem tanta gente por aqui e tem horas que é impossível notá-las e horas que é tão óbvio percebê-las. O botão, o instinto, a curva, o lábio, a inércia, o estar, o ser, o não ser, a falta.
Vejo uma luz no meio dos arranha-céus, uma luz sem cor, sem pudor e sem esperança. A minha tontura ainda não passou, e essas cores só vieram para me entorpecer, para me fazer ver o irreal, para tocar o inefável... debaixo desse céu.

Sunday 10 August 2008

Don't panic

Quando você acorda vivo e ao passar do dia acontece a morte, você pode ter duas visões de mundo: a passiva e a ativa. Quando se tem a primeira visão, é possível observar as pequenas coisas nas grandes coisas e as grandes coisas nas pequenas coisas. Torna-se mais fácil, até de absorvê-las e diferenciá-las. A visão passiva é indiferente e inerte perante as ações mal pensadas ou calculadas, sádicas ou altruístas dos humanos. Dos humanos, demasiado humanos. A segunda, ativa, contínua, pode ver tudo ao seu modo, e tentar fazer com que as linhas tortas sejam apagadas e fiquem na mesma margem corrente. Ao menos que o ser ativo não seja suficientemente diligente e torne-se passivo, como a maioria violenta é.
No quinto dia houve uma mudança. Ou melhor: duas mudanças. Uma delas, a primeira, é que finalmente posso ouvir. Tem um barulho na minha cabeça, uma música, uma música triste, despótica. Eu sabia que era triste porque podia sentir os poros abertos e feridos do meu coração quando essa música tocou.
A segunda mudança... Existem três visões. Três visões de mundo. As duas primeiras são incompletas, e uma não pode estar perto da outra. Mas na terceira, elas transformam-se em uma só. A visão oblíqua, formada uma pela outra. Uma linha fácil de raciocínio é formada na mente oblíqua, é possível ponderar a situação real, transformando-a de fato em algo verdadeiro, porém simples, não inerte, sem um pingo de tolerância ou empatia. Existem mentes com visões obliquas demais, que apesar de conseguir enxergar o real, preferem manterem-se vivos, na fantasia, no devaneio sem lapsos e sem espaço fixo. Então as expressões são agora vividas oblíquas e recusas, e não há nenhuma idéia que seja ativa o suficiente para determinar alguma ação real e exata, ou pelo menos para agir...

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