Tuesday 1 July 2008

Protège moi

Então percebo: é madrugada, tenho mil planos para amanhã cedo, não durmo, provavelmente vou acordar tarde e não fazer nada do que planejo agora. Tenho que criar um plano B. Escuto ‘Protège moi’ incansavelmente, e estou me convencendo ainda mais, que preciso de algo/alguém para me proteger, de fato, de tudo. Mas não. Sempre fui acostumada a dar proteção, oferecer meus braços finos para serem molhados, meus olhos para vigiar, minha atenção para cuidar. Olá, alguém aí? Não.

Mas se tiver... Olha, tem muita coisa pra ser dita e muitas perguntas sem resposta. O que eu faço com todas elas? Normalmente as cuspo em algo escrito, exatamente o que estou fazendo agora, ou tento a velha técnica de abstração sempre válida, claro. Aí tenho a chance de cuspir tudo e percebo que realmente são muitas coisas para amanhã, coisas deveras inadiáveis. Então decido ir dormir. E as minhas dúvidas em avalanche vão seguindo, vou abstraindo sim, obrigada.

Somos os brinquedos do destino? Será que a festa acabou? Vou dormir e vão ter fantasmas emergindo em minha cama. Eles vão abrir o cadeado do portão, vão entrar pelo buraco. A epidemia está se estendendo, os pensamentos congelam minha razão, instinto, disposição. Minhas pálpebras estão se reduzindo, posso ver os rostos cinzentos agora e eles vão realmente emergir em minha cama. E sonho me perdendo no tempo, onde não há nada para ser feito então volto para a vida e estou só. Proteja-me do que desejo, proteja-me...

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