Thursday 10 July 2008

Learn to fly

Para Rubens

Hoje estava em nosso ponto de encontro diário, onde sentava no banco e esperava você cantar. E percebi que vou sentir sua falta, do seu ninho lá no alto quase despencando da árvore, de conseguir entender (calado) o meu desespero e (também calado) conseguir me passar a calma necessária para seguir. Andei pensando muito esses dias sobre os caminhos. E não quis decidir qual seguir, seria muita audácia minha ter certeza de para onde vou, certo? Muita audácia.
Então resolvi escrever para você, querido. Resolvi falar só para você o que se passa. E sei que as meias palavras que lhe digo, vão ser suficientes para compreender o peso que agora sinto. Mal posso eu sentir o meu peso, mas por não conseguir sentir a leveza de tudo, sei que estou diferente. Dessa vez foram as minhas asas que quebraram, Rubens, e confesso não saber como consertá-las. Vou deixar estar...
Acho que estou precisando, de fato, de pilares para me segurarem, e para segurar os outros pilares ao meu redor, mas não os tenho, pudera eu, amigo. Queria um abraço seu, sentir o seu coração. Transpassar as nossas forças. Mas não, deixo estar... O que vejo de real me confunde e parece ultrapassar o entendimento e virar fantasia. E a fantasia segue real, surreal, irreal ? Ela só segue, me segue, ou eu que a sigo?
Rubens, hoje fiquei triste não só por saber que não nos encontraremos mais, mas também por descobrir que estou do outro lado, ou deveria estar. Sou eu, Rubens, a paciente... a interrompida. Eu não sei voar.

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I'll meet you in the light.

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