Thursday, 23 June 2011

Jones

sobre o prelúdio de um segundo primeiro dia fatal


existe um calor atordoante em meio aos meus escapamentos frios, de ponta a ponta, que corrói o que deveria sucumbir o mais rápido, menos degradante. e para não me cortar em uma faca de duas pontas iguais, não me mexo, permaneço aqui, gritando ao avesso, querendo silenciar o que nem mesmo o provável dos meus delírios aceitaria.
a culpa que não estala a fadiga da minha mente, de tentar lutar pela poesia, pela estada ligeira e calma de outrora. me pergunto continuamente, o por que de tanto mar para chegar até aqui, para ser minha própria vítima. o porque de tanto querer um bem que só traz poeira, que só te cala o orgulho pra ser mais um, pra ser parte do resto. o não se fazer claro, as vezes, não cabe a por em alguem, por tantas vírgulas. mas não sucumbo, eu permaneço, minha loucura tem estada nessa realidade intrépida, caótica, que nem mesmo saberia como sair, nem saberia como voltar também. aí me passa tudo ao contrário pelo escuro da estradinha estreita no outro lado, loucura, eu te uso para me causar a clarividência estável, para não me deixar sair da linha, mas aí minha irreverente metade delírio mantém essas intervenções fantasiosas no outro lado, onde não haveria porque esse desespero todo, mas não é mais metade, ele continua atravessando...

Friday, 17 June 2011

Close to me

, jones

I've waited hours for this
I've made myself so sick
I wish I'd stayed asleep today
I never thought this day would end
I never thought tonight could ever be
This close to me

Just try to see in the dark
Just try to make it work
To feel the fear before you're here
I make the shapes come much too close
I pull my eyes out
Hold my breath
And wait until I shake...

But if I had your faith
Then I could make it safe and clean
If only I was sure
That my head on the door was a dream

I've waited hours for this
I've made myself so sick
I wish I'd stayed asleep today
I never thought this day would end
I never thought tonight could ever be
This close to me

But if I had your face
I could make it safe and clean
If only I was sure
That my head on the door
Was a dream

Saturday, 21 May 2011

Bittersweet symphony

sobre a sinfonia

I felt it. I felt it if I was human. i heard the noises, felt the beats, walked in line, kept the view.
I couldnt hear the surrender moviment, because I was too busy, trying to concentrate in my own. but when everything you see it's just part of a delirium...

na ponta da escada, alguém me chamava de longe, confuso, certeiro, quase invisível. e eu sorria como quem quisesse mergulhar naquele infinito, como se a única saída fosse mergulhar naqueles degraus, um por um, esvaindo o consciente, esperando o que não seria tão fácil assim, de uma altura tão estrondosa, que eu tinha que olhar pra baixo, para sentir o pânico tomando conta dos meus fios, até a ponta dos meus pés. era uma escolha, ser humano,
era uma escolha enxergar o que estava no seu domínio de visão, e eu simplesmente não queria fazer parte daquela melodia. tinha um rítmo, era uma sinfonia, Jack! e agora, Jack, o frio que congela meu corpo, que paraliza meu silêncio, vai pendendo de um lado pro outro, vai tomando conta de uma forma tão ligeira, que posso sentir aquele frio esquentando tudo. esquentando a paralisia até congelar o delírio e quando congela, sucumbe numa mesma propoção,preparando o coma. e não seria sobre o amor? não seria quase? não? quase? coma? e a violação do medo continuava, aquela sinfonia seguia, alguém tinha que compor aquela música, alguém tinha que guiar, alguém tinha que reger aquela melodia exata de sentimentos violados, o como não fazia parte daquela regência, o quase, os degraus, era amarga, era doce, era tão fácil de seguir, de sangrar, de ... sabotar.
o avesso da minha condição, o avesso me leva até o fim, até o primeiro degrau, de trás pra frente. mas não tem sangue, então não machuca. não machuca aqui de cima, não rasga a paralisia, não afeta o coma, é um piscar a cada nota regida nessa melodia, um piscar ao avesso, o avesso de ser o que não é. a nota sabotada do avesso do quase, é a recusa da violação



Monday, 11 April 2011

Combat baby



sobre o prelúdio de um segundo primeiro dia fatal
sobre o processo de absoluta relutância de ser vítima de si mesmo
sobre o pouco que se espalha
sobre o caos que alimenta
sobre a metade que estarrece em um delírio
sobre um pedaço de qualquer loucura invariável
sobre o primeiro e sobre o único
sobre o falso aviso de um acaso
sobre o resto que me envolvia
sobre a perda da insuficiencia voluntária
sobre o quase
sobre o meu silêncio

infamia
.

Sunday, 10 April 2011

Lilac wine

aquela sede... me inunda.
preenche o silêncio por ser um barulho também, - e me escapa.
retorna ao exato e afoga.
se perde em horas e chama o par, o quase
passa o fio, aos poucos se esvai

aquela sede... me insulta.
borbulha em cores e jorra
o par que finda, recomeça
em azul... os tons, ao avesso

aquele avesso me finda o par,
jorra o azul, inunda o silêncio
se perde em poucos, tons e horas
borra a sede e se esvai

aquele par em cores
provoca o fim e escapa
o azul, de novo, me afoga
a chama, os tons, o fio
o quase avesso não finda

a sede afoga o meu silêncio
e recomeça o azul-avesso


Monday, 7 March 2011

(still) Skip divided

sobre o quase escasso azul e o fake de uma cor real

e aquela voz que arranhava, hoje me corta o coração. era algo pedindo para voltar pro ar e não tinha outra escolha a não ser continuar ali. pairando no mesmo lugar... mas ao fechar os olhos, podia me transportar para outros pedaços além de quatro paredes. além daquela janela do quarto azul. tentando num paradoxo entre os seus braços, sentia um frio se espalhando por todo o corpo mas não era um frio espesso e denso, era deserto, incalculável, irremediável. era um frio causado por um único mergulho que se esvaia a medida que a profundidade aumentava, que as batidas, a unica batida penetrava a íris numa só vez, também, engolindo o resto das cores e do espaço, deixando a confusão visível. não era visível porque não se sabia o que acontecia naquele quarto azul, ele estava vazio. - ela olhava as quatro paredes do quarto, dando voltas completas, tentando visualizar a próxima... a proxima distância. mas a distância as aproximava, não tinha tempo pra ser outra coisa, não tinha mais como ser outra coisa e não foi, não foi fora dali. o azul escurecia, como se o dia chegasse ao fim. era tarde, de tarde e as nuvens enquadradas pela janela desapareciam subitamente, não podia evitar, não podia evitar e o escuro foi enquadrado e iluminou o azul do quarto.

(...)

acontece que quando te encontrei, dentro daquele quarto, o teu doce me remoeu o corpo inteiro, me estraçalhou o seco, o seco intenso e vazio que atormenta os instáveis olhos que te captavam agora, captavam várias vezes a mesma coisa. era como se apagasse a luz para o sol se por e voltar a iluminar quando você a ligasse de novo. acontece que quando eu vi você chegar, era você fugindo e antes de você fugir, espero mesmo que não venha, mesmo que não volte pro azul que te pintei, pro azul que te pertence e me derrete os fios, mastiga o surreal colocando-o em outro plano imaginário, fora do meu, do seu. eu já nem sabia o que dizer, não sabia nem o que calar, nem como calar um avalanche intrinseca de emoções, que já eram desconhecidas no pálido e fulgás estado que me encontrava em tanto tempo. mas não queria parecer mais do que o acaso, porque não faria sentido acabar com tanta realidade enquanto poderia me manter no meu plano inicial, no concreto dos pensamentos que cercavam os absurdos calados, intrépidos e solitários. mas eu quis te roubar, quis te roubar pro meu plano, quis te pintar em preto e branco, quis, em silêncio, você do outro lado. mas quando as palavras voltam, não poderia te encaixar, não queria te ter pra nunca mais pensar na doçura de um se por ao nascer, de um clarão que não seria parte do meu escuro. de uma batida que não iria parar nem pra respirar, um sopro que não movimenta, uma cor que não desaparece. e eu só tinha essa situação pra adentrar minha frieza e sucumbir, para afundar meu silêncio e escapar,

Friday, 4 February 2011

Lover, you should've come over



looking out the door I see the rain fall upon the funeral mourners, parading in a wake of sad relations as their shoes fill up with water and maybe I'm too young, to keep good love from going wrong... but tonight you're on my mind so...you'll never know. I'm broken down and hungry for your love with no way to feed it... where are you tonight? child, you know how much I need it. too young to hold on and too old to just break free and run. sometimes a man gets carried away, when he feels like he should be having his fun and much too blind to see the damage he's done. sometimes a man must awake to find that, really, he has no one... so I'll wait for you... and I'll burn. will I ever see your sweet return? oh, or will I ever learn... lover, you should've come over. cause it's not too late.
lonely is the room the bed is made, he open window lets the rain in. burning in the corner is the only one who dreams he had you with him. my body turns and yearns for a sleep that won't ever come! it's never over, my kingdom for a kiss upon her shoulder... it's never over, all my riches for her smiles when I sleep so soft against her... it's never over, all my blood for the sweetness of her laughter...it's never over, she is the tear that hangs inside my soul forever and maybe I'm just too young to keep good love from going wrong. oh... lover, you should've come over, cause it's not too late... well I feel too young to hold on and I'm much too old to break free and run too deaf, dumb, and blind to see the damage I've done! sweet lover, you should've come over, oh, love, well I'm waiting for you, you should've come over

Sunday, 9 January 2011

Miss Misery

sobre o escasso azul

Tinha tentando não terminar o dia naquela mesma angústia que consumia minha consciência e congelava as veias. E o monólogo que logo teria um ponto final, nada mais pareceu do que outra vírgula, visto que o meu encontro com Isis estava irremediavelmente comprometido por outros tantos dias, dentro de uma válvula de escape que, pela primeira vez, não tinha precisão alguma. E eu falava em bom tom para os meus fantasmas escutarem, aquele sussuro mais lento a cada trago, mais ensurdecedor do que qualquer outra página em branco que pudesse ser preenchida. O domínio da minha incapacidade manual estava passando para a realidade visual, completamente, dessa vez. Sentei, acendi outro cigarro, todas as cores estavam ao meu alcance, menos o azul. O azul sim, por ser tão magicamente escasso. Tudo é muito abstrato, quando se trata de azul. Ninguém alcança o céu. O mar afoga. É impossível permanecer na cor azul,


Thursday, 9 December 2010

Because

... love was you -
I know you don't think you did me wrong,
and I can stay this mad for long
keeping a hold of what you just let go
you're just somebody that I used to know...



Tuesday, 19 October 2010

Save a prayer


então permaneço aqui, nesse escuro, nessa dúvida, nessa farsa envolvida em meus dedos por tanto tempo. imaginar que sua voz vai além de seus egos, é mais provável quando se tem um pouco de sanidade, quando a certeza dela não se faz passional.
passando numa rua, fim de noite, olhos desfocados, peito vazio, muito barulho do lado de fora, do lado de dentro também, mas, ah, não ousaria escutar nada além do meu silêncio. percebi que o caminho que estava sendo feito, não me afetara. não era uma luz para seguir por minutos a fio, ou o tempo qualquer que quiseres. dessa rua, na rádio, tocava uma música triste, que joga você pra um funil de sentimentos exatos, mas que não são palpáveis nem muito menos afáveis. ah... meu bom dia vai pra tristeza, pra única sensação real que experimento, que tenho comigo, do momento que acordo até apagar em cores oníricas. mas não deveria ser tão espesso o tamanho da veracidade que ponho em linhas, aqui. poderia, até, mas não pode ser verdade se não fazes verdade para você, loucura. e mais uma vez, estou até indo bem, estou aprendendo a ser apática novamente, aprendendo a ser uma só em três. então, não me peça para sorrir, não me traga uma prece feita de alegria e esperança, porque danço assim mesmo, nessa velocidade, em uma noite inteira, sozinha, dois passos pra cá e dois pra lá, movo o pouco que me restou de leveza com uma ânsia tão brutal que é confundida com calma. é como arrancar todos os poros de uma árvore e ela ir murchando devagarzinho, sem pressa. não duvide da dor que a calma não aparenta, ela é o dobro da sua insanidade calculada e grotesca, em formas e gostos diferentes. a minha calma é o calar que ponho na balança junto com sua agressividade ávida e faminta. meu calor é pálido, devagar e bem instável... então, não. não me traga suas preces, amor. não me deseje sorte ou paz, guarde para de manhã, me chegue com um bom dia tão maior que minhas desilusões, me pergunte como foi sonhar longe desse inferno enquadrado por tanto tempo, me faz um café bem forte, toma meia xícara, então, me dá o resto devagar, pra ter vontade de beber pra sempre, metade de você. mas não essa reza por paz de qualquer coisa, esse cuidar direcionado e inflamado de nada por se saber. chega em mim, tristeza, bem cedinho, provavelmente estarei acordada, te esperando bater em minha porta, mesmo ela aberta... bata. vou continuar surpresa, vou sorrir baixinho, pois tenho vergonha, meu sorriso é tão bobo, tão vitral que não preciso te-lo comigo, para não me sentir tão boba assim, nessa moldura. e quando for de noite, mesmo sem ter passado o dia, ao fechar os olhos, ao sair no escuro, ao procurar um rastro de azul no meio de tanta bagunça nessa dança mal colada, me pede a mão, me enche os olhos, me trague por inteiro, mas não me faça essa prece agora, não... guarda ela pra amanhã de manhã. pro bom dia se encher de devaneios de novo, pra dar o que nunca foi nem aspirado em voz alta, à minha loucura que pouco a pouco se faz mais real e visível no claro do dia. bom dia, loucura, segura a minha mão forte, para ninguém nos ver na luz,


Tuesday, 24 August 2010

Dorothy Lamour

, com amor te matei.

and there was night, like it always have been here inside. the steel in my eyes and the bitter taste in my mouth,
consume the rest of my words, with silence,

... porque ainda logo, faço ou disfarço ao entornar
mais um gole, mais uma garrafa
de todo esse estilhaço que me deixa em, .

em outra cena, com um alto nível de razão, sentimentalismo barato e coberto por normalidades não casuais, encontro um pequeno rastro de uma possível epidemia, resultado de uma insatisfação irracional, vinda de um visitante quase alegórico, para aquela cena, para aquele canto todo, em um só tom. o visitante chegou, não sabia se havia morrido ou se delirava - a olhos nus, finalmente - e se deparou, primeiramente, com um sono, perdido em todos os seus anos ansiosos por qualquer coisa. então ele dormiu, perto de uma pedra, entre dois ou três arbustos vermelhos. ao acordar, quase um dia depois, não vestia mais saudade, nem muito menos destreza calçava. levantou-se, não entendeu o que se passava ali, mas não hesitou em aproveitar o momento sem questionar. era a primeira vez que não colocaria uma questão no topo de um sentimento. não guardaria o seu humor para o escuro, que, outrora, preenchia seu peito. o visitante andou até suas pernas pararem e sentarem em um enconsto velho de madeira, próximo a uma estreira vila do lado esquerdo de sua caminhada. esquerdo, veja bem. esquerdo. então, como se estivesse condicionado aquilo, levantou-se ao ver uma mulher, pálida como uma luz opaca, e eles ficaram ali, se falando no silêncio, esperando o próximo passo a ser seguido. e então as suas mãos procuraram as da moça pálida e nesse momento, escuta-se uma tempestade de areia para interceder na passagem. eles estavam em outra cena. agora estariam vivos? ou mais uma vez, delírio? e foi delírio? agora não mais tinham o silêncio. e no lugar dos sons mudos, cores mortas, pois não mais poderiam ver. só tocar ou cheirar as incertezas. teriam que ser guiados pela mútua confiança adquirida pela situação. - poderia ser qualquer cor, o visitante pensou. poderia nem ser, talvez. acrescentou a moça pálida. eles conseguiam sentir o cheiro do vermelho, o sabor do pesar de uma palavra, foram paralizados, então, cristalizados. outra cena. silêncio não mais, nem muito menos a cegueira. esses deram lugar ao não sentir. mas antes que isso se eternizasse, que ficassem estáticos, inertes, na fala muda um do outro, na visão insuficiente de ambos, fez-se o delírio. as cores voltam a ser uma por uma calculadas exatamente no ferro e fogo que pudessem vê-las, senti-las, cheira-las e até adiciona-las ao que quer que fosse. mas antes disso... outro delírio, outra loucura. o tudo virou negro, frio, pequeno, ia diminuindo e o visitante nada mais podia fazer, não dispunha de seus sentidos. estava possuido por uma fadiga cruel e que não fazia o mínimo sentido. casual. então a paralizia tomou a languidez da moça. estavam no centro da mais improvável realidade. não se andava mais, nem a respiração. outro delírio. outra cena. dentro de uma bolha, uma bolha que sucumbia a outra e outra e cada vez menos bolhas, numa relação inversa ao plausível. então eles foram devagar aterrisando em outra atmosfera. suas mãos se encontravam, suas cores se confundiam, agora tudo parecia mais próximo ao... nada real. outro delírio. voltaram os movimentos, agora eles só voltam, andam de traz para frente e também o pensamento e sua corrente de níveis de isolação. seus desejos se resumiam a experimentar o que não faria o mesmo sentido de uma cena passada. e depois da bolha, do silêncio, da paralizia, da cegueira, a loucura ardeu e perfurou suas hipoteses absurdas e prováveis uma a uma, devagarzinho, voltando sempre para exterminar a certeza também.
tive que sair da sala, estava na primeira fila e um só tiro àquela distância, não acertaria todos os meus insólitos pensamentos. a sala logo ficou vazia, talvez não percebera que eu era o único ali. as luzes acesas, a tela desligada. estava tão perto do the end,
...
a tua cor, o teu nome, mentira azul!
tudo passou, teu veneno, teu sorriso blue...
ai, hoje eu sou água-viva nos mares do sul
não quero mais chorar, te rever, dorothy lamour.








Tuesday, 10 August 2010

Coração selvagem

meu bem, guarde uma frase pra mim dentro da sua canção, esconda um beijo pra mim sob as dobras do blusão. eu quero um gole de cerveja no seu copo no seu colo e nesse bar... meu bem, o meu lugar é onde você quer que ele seja. não quero o que a cabeça pensa eu quero o que a alma deseja.: arco-íris, anjo rebelde, eu quero o corpo, tenho pressa de viver... mas quando você me amar, me abrace e me beije bem devagar, que é para eu ter tempo, tempo de me apaixonar, tempo para ouvir o rádio no carro, tempo para a turma do outro bairro, ver e saber que eu te amo. meu bem, o mundo inteiro está naquela estrada ali em frente, tome um refrigerante, coma um cachorro-quente. sim, já é outra viagem e o meu coração selvagem tem essa pressa de viver.
meu bem, mas quando a vida nos violentar pediremos ao bom deus que nos ajude, falaremos para a vida: "vida, pisa devagar meu coração cuidado é frágil; meu coração é como vidro, como um beijo de novela" meu bem, talvez você possa compreender a minha solidão, o meu som, e a minha fúria e essa pressa de viver e esse jeito de deixar sempre de lado a certeza e arriscar tudo de novo com paixão. andar caminho errado pela simples alegria de ser. meu bem, vem viver comigo, vem correr perigo , vem morrer comigo! talvez eu morra jovem, alguma curva no caminho, algum punhal de amor traído, completara o meu destino. meu bem, vem viver comigo, vem correr perigo, vem morrer comigo, meu bem, meu bem, meu bem ...

Sunday, 8 August 2010

Quelqu'un m'a dit

after a while I still think it was no fiction, wasnt the first time that I saw her and your pale skin was just another way to say goodbye. and I meant to kidnap you that morning, but I couldnt and still ... what should I feel now when its dawn? how many times I thought: why dont you come? you look where I dont walk, can't hear you sing, I have no idea how to go away, or, - its suppose to be so simple a word, a smile - living in a poem, like me - poor mind - you should understand, I'd surely fall for you and I badly did it. so believe that all the fleurs I'd give, but see: I dont know how to start. it doest matter when your words are said only inside your mind and could make sense if... if its said.

c'est secret



Monday, 2 August 2010

The sound of silence

sobre o quase, o azul e o rude imaginário

aproveitando o silêncio que embalava o mais intrínseco passeio ao surreal, no meu jogo de lembranças falhas, vi os dois lados. a lua num clarão, ainda doendo nos ossos, ainda distante e irremediavelmente só. minha boca beijava o vinho ainda, ja rasgado e pela metade. e depois, mais um pouco de paciência e volto ao estado rude de outrora, de estar repleta de amargura e convencida de ser o certo a se fazer. mas vejamos pelo terceiro olho, jack. acordei e tudo estava atravessado em rodeios, em poucos sinais de imaginação. fui caminhando, passos magros e opacos, até a sala, que não estava mais vazia, eu a desejei tanto com todas aquelas flores e luzes, toquei o mais triste disco que me conduziu ao escuro, ao escuro, dançando no escuro, o veludo azul, mais uma vez, eu procurei respostas naquele escuro, dois pra lá, dois pra cá, os sussurros invadiram o silêncio, de repente os botões da minha camisa amassada transformaram-se em pessoas ao redor sem ao menos moverem-se, esperando aquela dança terminar, quem sabe não seria a música de qualquer um, após o veludo azul? tão sutil quanto, tão triste e confortante até mesmo para uma dança solitária como aquela, onde só se via o azul do veludo, nada do soft, baby. quando a música terminou de tocar, afundei minha cabeça em perguntas sem explicações, sem gostos, sem definições e todas as pessoas tinham desaparecido, não ouvia-se mais os sussurros, que parecia que eles só escutavam, mas não ouviam e nem ousavam pertubar aqueles tons, aqueles sons que me embalavam no silêncio. ninguém viu, o eco do silêncio, as pestanas em preto e branco, quase matando as cores neutras rastejando por uma luz. e o meu quase azul rude permaneceu após as vírgulas, me embalando no silêncio, me entorpecendo sem cair, sem agir, um só olho aberto, tentando não enxergar nada além das cores opacas do escuro, para no escuro permanecer, sem a busca pelo tudo que te restou, ou o nada que te tomou.




Saturday, 24 July 2010

july 24th

sobre o dia-noite e algumas questões de propulsão não-aleatória

Agora eu era o herói
E o meu cavalo só falava inglês
A noiva do cowboy
Era você além das outras três
Eu enfrentava os batalhões
Os alemães e seus canhões
Guardava o meu bodoque
E ensaiava o rock para as matinês

Agora eu era o rei
Era o bedel e era também juiz
E pela minha lei
A gente era obrigado a ser feliz
E você era a princesa que eu fiz coroar
E era tão linda de se admirar
Que andava nua pelo meu país

Não, não fuja não
Finja que agora eu era o seu brinquedo
Eu era o seu pião
O seu bicho preferido
Vem, me dê a mão
A gente agora já não tinha medo
No tempo da maldade acho que a gente nem tinha nascido

Agora era fatal
Que o faz-de-conta terminasse assim
Pra lá deste quintal
Era uma noite que não tem mais fim
Pois você sumiu no mundo sem me avisar
E agora eu era um louco a perguntar
O que é que a vida vai fazer de mim?

Sunday, 18 July 2010

Glósóli

sturlun við fjar-óð, sem skyldu-skrá. og hér ert þú, fannst mér...

o que haveria para fazer, não seria o desabotoar da minha camisa, ou o barulho do seu riso. não seria páreo para nada do que foi sentido, do que seria uma vírgula em aberto, para você, então, continuar. preciso desse estado para sobreviver, dessa ânsia continua, desse desejo incontido, dessas palavras mudas, do muito que tende a sumir. o frenesi, a minha loucura urbana, na velocidade de uma taquicardia imediata. dulce, finalmente, meu amor, te encontrei, e é pra você: um jardim de pedras, entre o tudo e o nada. e agora, querida? você... você que pouco fará da minha insanidade barata, do meu sorriso desamparado, do meu discurso sem voz, da minha submersão para o fim de tudo. e agora, dulce? e agora? e teu verde que me corrói os ossos, que me mata em frisson, de paradas outra vez contínuas. o teu nome que grito em silêncio, que pensei que pudesses escutar. e agora? dulce, não me leve a mal, eu só precisava te encontrar, te dizer, te tirar daqui. porque só o que me acalmou foi o teu nome na canção, perdido... gritando o que eu não poderia dizer, me confundindo a realidade, outra vez.

dulce, estou tomando uma dose atrás da outra, só para condizer com o drink ao invés do que se sente. estou me enterrando em danças sem par, no escuro, num ritmo que poderia imitar um bolero mudo de uma noite quase muda. já não saberia responder, ao abrir a porta, que era você, incontestavelmente. encenei reconhecer suas mãos, precisaria de um pouco mais de surrealismo para continuar com a cena. - minha mente está me dando vida ou morte? - [...] era você, dulce, no carro, no rádio, na estação, na tarde perdida, no pesar indireto, na ponta do meu lápis, no meu tédio, no filtro do meu cigarro, nos botões do meu blusão, as vozes na minha cabeça! ah, fannst mér... songes et mensonges, de cor.

"nú vaknar þú
allt virðist vera breytt
eg gægist út
en er svo ekki neitt
[...]
en hvar ert þú..."





Friday, 16 July 2010

Moonlight


onde a loucura e a gentileza se encontram? ...





Thursday, 15 July 2010

Pale blue eyes

sobre um bolero inacabado

ah, mudei de conversa pra não falar, dobrei a esquina para não ver...
jack, jack. tinha aquele outro, aquele outro atalho, não vê? aqueles vinis, todos água abaixo, aquelas uma, duas, três, três fotografias de um palco batido à mão, de um estreito lógico à margem de um nada, de uma idéia tão próxima de outra que poderia parecer irreal, de alguns goles, de todo aquele verbo ser, na terceira pessoa no singular, modo indicativo, presente do indicativo. do que indicaria o que não seria, não seria, não? não, não. não, não... mas foi. não, não disse não. não poderia. gentilmente te colocaria a minha frente, para não ter como não olhar, porque não teria como lembrar de outra coisa, não seria uma promessa aleatória, seria qualquer coisa que pudesses, um tom a mais, um gole ou dois, um cigarro antes de apagar, ah, outro gole, e mais outro, até embriagar-se para esquecer. poderia ser até um sorriso, um passo em falso, uma leitura indireta, algo inacabado, perto de ser ou de desaparecer. poderia ser um único olhar sério, aqueles que você precisa sorrir para não comprometer o coração, para não parar em batidas distantes, imunes... teria que dizer ao meu coração que sou imune, eu disse, mas ninguém me leva a sério, loucura. ninguém me leva a não ser por alguns segundos. então para que falar? o amor engoliu meu silêncio, a loucura roubou tudo outra vez,



Monday, 28 June 2010

Lazy eye

sobre o pouco que me atinge,

um sentimento não elimina o outro. é a questão social que vai contra a minha loucura, que me despedaça em pequenas ilusões, ilusões essas que crio na minha cabeça para suportar o peso de não ser. ou de ser mais que o provável. não penses que o perdão é algo fácil de dizer, ou que chances são dadas pelas circunstâncias. não deixe o fogo subir a sua cabeça, ou o gelo tomar conta de suas mãos. por mais óbvio que possa aparentar, os meus dois olhos não vêem a mesma coisa. tenho um olho torto e outro no céu. e o que me resta é acreditar no provável, no piegas, nas questões fora da linha, para enganar o seu inconsciente, para ver o que não está à vista, e agora que todos os sinais estão - quase - me enganando, não tenha tanta certeza assim, mesmo o retrato de um inimigo perfeito, não deixa só a sombra da dúvida em uma cabeça partida em três, esmagada pelos pontos surreais que a cercam. parte dela sabe o que pensar e o que pensam também. bom dia, minha amarga loucura, bom dia e me sabote mais uma vez.



Monday, 21 June 2010

Fairground

monólogo sobre a relatividade e a fórmula do abstrato concreto

jack: o que você faria se a vida ficasse sem graça?
ben: procuraria graça
jack: onde?
ben: a gente não sabe essas coisas, por isso a busca. até sabe,
mas é muito abstrato pra sucumbir ao consciente
jack: o que mais que é abstrato?
ben: qualquer coisa é abstrata e concreta, é relativo,
depende da forma que você quer vê-la
jack: então, quero saber a forma que você vê
ben: eu vejo a dualidade, você sabe
jack: eu não sei
ben: o outro lado de qualquer coisa, o abstrato transforma-se em concreto
tanto quanto o concreto em abstrato
jack: o que você procura?
ben: eu procuro uma vista
jack: como assim?
ben: uma vista, qualquer coisa que possa me prender, uma vista.
eu acho que procuro poesia
jack: tem mais poesia do que viver por amor?
ben: tem. não viver
jack: morrer?
ben: não, não viver o amor. logo, morrer
jack: nao viver o amor é poético?
ben : mas a morte seria a consequência
jack: então acho que nunca soube o que é poesia.
ben : poesia its all around us, é tudo, depende de como vc vê
jack: tudo depende
ben: sim
jack: a relatividade
ben: é
jack: nada de certezas, só relatividades, relações
ben : sempre achei a certeza uma pretensão, mas isso também é relativo
jack: pois bato no peito!
ben: you know.
jack: I dont know.
ben: I wish you do...
jack: e sumir na fumaça


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I'll meet you in the light.

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