Thursday 15 July 2010

Pale blue eyes

sobre um bolero inacabado

ah, mudei de conversa pra não falar, dobrei a esquina para não ver...
jack, jack. tinha aquele outro, aquele outro atalho, não vê? aqueles vinis, todos água abaixo, aquelas uma, duas, três, três fotografias de um palco batido à mão, de um estreito lógico à margem de um nada, de uma idéia tão próxima de outra que poderia parecer irreal, de alguns goles, de todo aquele verbo ser, na terceira pessoa no singular, modo indicativo, presente do indicativo. do que indicaria o que não seria, não seria, não? não, não. não, não... mas foi. não, não disse não. não poderia. gentilmente te colocaria a minha frente, para não ter como não olhar, porque não teria como lembrar de outra coisa, não seria uma promessa aleatória, seria qualquer coisa que pudesses, um tom a mais, um gole ou dois, um cigarro antes de apagar, ah, outro gole, e mais outro, até embriagar-se para esquecer. poderia ser até um sorriso, um passo em falso, uma leitura indireta, algo inacabado, perto de ser ou de desaparecer. poderia ser um único olhar sério, aqueles que você precisa sorrir para não comprometer o coração, para não parar em batidas distantes, imunes... teria que dizer ao meu coração que sou imune, eu disse, mas ninguém me leva a sério, loucura. ninguém me leva a não ser por alguns segundos. então para que falar? o amor engoliu meu silêncio, a loucura roubou tudo outra vez,



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