Thursday 17 June 2010

Lipgloss

sobre a marca carmim

but a mutant couldnt have so much love. couldnt, couldnt. what is love, anyway? it such a human feeling after all. what is the way it should be? there is so many ways to have a heart, to have two hearts in just a hand... i just suffocate at night, thinking in how deep can be or how sweet. and all i could do was whisper: one more solo, babe, one more beat, once again us... liquidating my senses one by one, word after word, this heat freezing my eyes, blinking slowly, creeping into my bones as an appeal, a last one.


[...] ah, se eu soubesse que você iria se casar, não teria nunca te deixado esperando, com aquele vestido preto, atravessando a rua de baixo. quando me dei conta, lá estava ela, parada na minha frente, olhando fixamente para os meus olhos, sem não falar uma palavra sequer, eu morria de medo daquela sombra, que uma vez acompanhara a minha. quando eu nem imaginava que aquela pele pálida fosse uma outra forma de me dizer adeus. e foi. em meio a tanto alvoroço, ela dizia sim, eu, não, o que era noite já era muito tarde, ela completava a minha imagem opaca de 'boba apesar de tudo'. um dia saimos para jantar e, me roubando um trago, pude ver o jeito sem graça que pegava o cigarro light que estava quase no fim. então, pedindo descrição, ela pegou minha mão ao acaso, alegando saudade do que iria vir, do que nunca chegaria a vir, imaginei como seria arrancando um tufo de cabelo por insegurança, não sei o que aconteceu depois. agora você casou, está tão frio aqui, estou queimando com essa jaqueta, baby. agora sussurro novamente por mais um solo, mais uma batida, mais uma vez a gente, meu bem. e poderia ser mais uma rima barata de karaokê, falar o que só as paredes escutariam, mas, veja bem, já não falo tão alto assim, já não me permito gostar tanto assim, é tanto desaforo a flor da pele, é tanta pele cor de flor, cor de água, cor neo qualquer coisa. o meu amor ao velho oeste, o meu retrato de todos os bobos, a minha mão ainda trêmula, baby. ainda usaria a promessa da felicidade plena ao lado rubro da força, de permitir perder-me em somente uma cor de batom. mas you know, né? estão todas usando essa cor neo-qualquer-coisa. ah, não sei, não. o vermelho ainda me agrada aos olhos. ainda me sufoca a noite toda, me torce as vísceras ao avesso. os meus olhos ainda parecem um par de sapatos pretos, mas bem deep inside, tem uma pontinha que te enxerga de todas as maneiras, até como se fosse uma loucura qualquer. mas quanto ao lipgloss, honey, se você o perdesse, o seu amor do velho oeste mudaria de idéia na segunda feira para ir embora no domingo, te segurando pelo braço enquanto falas ao telefone, aquela marca nos botões, você correria sem nem pensar duas vezes, você perdera seu batom, baby, agora nada que você possa fazer irá trazê-lo de volta. o seu batom carmim de volta,



1 comment:

Unknown said...

é tal qual querer perder e achar, querer achar...

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